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Vettel, o mau caráter (Uma história sobre a Lei de Gérson)

março 24, 2013 1 comentário

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Caso já tenham percebido ao assistir ao comerciais que tem passado no Brasil há um muito bom que é o do novo Palio (Fiat).

O primeiro a ser divulgado é um grupo de torcedores em um carro indo a um jogo decisivo e o dono do carro resolve prometer tomar banho pelado no rio. Ao que todos os outros dizem o bordão TAMO JUNTO! TAMO JUNTO! No fim, após o título o motorista aparece saindo sozinho do rio.

O segundo são duas velhinhas conversando quando uma confessa que o filho recém-casado vai se separar da esposa por motivos de: chifre. Ela pede confidencialidade e a amiga responde TAMO JUNTO! TAMO JUNTO, NEIDE! NO fim, a “amiga” conta para todos que o filho da Neide é corno.

E por fim vem o slogan do produto. JUNTO MESMO SÓ O NOVO PALIO.

Na madrugada desse domingo houve o GP da Malásia de Fórmula 1 e o vencedor foi o alemão Sebastian Vettel. Mas houve muita discussão acerca da sua decisão de ultrapassar o seu companheiro de equipe contra a vontade da Reb Bull.

Explicando: após quatro pitstops e faltando pouco mais de 10 voltas para o fim da corrida. Webber estava em primeiro e Vettel em segundo.  O chefe da equipe, Christian Horner, decidiu que essas posições deveriam ser mantidas e ordenou aos engenheiros que comunicassem os pilotos.

Webber recebeu a ordem de cortar “dois cilindros” para poupar gasolina, pneus e o motor do carro. Vettel recebeu a mesma ordem. Webber decidiu obedecer. Vettel então disse TAMO JUNTO! TAMO JUNTO! E não obedeceu.

A ultrapassagem do alemão no australiano foi LINDA! Sensacional para qualquer apaixonado por corridas de carro, mas naquele momento a RedBull do Webber tinha potencia equivalente a Marussia ou a Caterham. FOI DESLEAL. MAU CARATISMO.

Vettel em nenhum momento disse ao rádio que não obedeceria. Ele tirou qualquer possibilidade do Webber se defender. Os que defendem que a pista que deve decidir e APOIARAM a decisão de Vettel devem estar ENVERGONHADOS.

Para ser uma disputa justa Vettel deveria ter dito que não iria obedecer. O que faria com que o engenheiro do Webber repassasse a informação ao australiano. Logo, os dois carros teriam sua potência normal na pista. E sim veríamos uma disputa BONITA.

O alemão venceu. É o vilão. Mas ninguém critica o tricampeão com cara de bom moço. E o australiano segue sendo humilhado por razões extra-pista. O próprio piloto admitiu seu ROUBO. Sua MALANDRAGEM.

Vettel pediu desculpas, também na frente do companheiro e das arquibancadas. “Cometi um grande erro hoje. A vitória deveria ser do Mark. Se eu pudesse desfazer o que fiz, faria isso. Sou a ovelha negra e me coloquei nessa posição.”

E quem defende essa atitude do Vettel é um exímio seguidor da famosa “Lei de Gérson” em que deve-se tirar vantagem de tudo. Deve ser o mesmo cara que fura as filas, não dá lugar a idosos e gestantes nos ônibus e metrôs, que estaciona em vaga proibida, que não paga impostos, que atira sinalizadores nos outros e confia que nunca será punido por seus atos.

A Fórmula 1 é só um esporte (para muitos nem chega a ser isso), mas reflete claramente o grande “mau caráter” que é o ser humano. Mas no fim o TAMO JUNTO! TAMO JUNTO! segue sendo reproduzido e não cumprido.

A sorte de Alonso

setembro 4, 2012 Deixe um comentário

 

Alonso torcendo contra as Red Bull na Bélgica

Às vezes falta uma pitada de sorte para muitos profissionais talentosos, mas para Fernando Alonso isso nunca foi problema. O espanhol, pelo contrário, foi lembrado diversas vezes como sendo um dos pilotos mais sortudos de sua geração, mas nesse domingo a sorte o abandonou.

Ao ser tirado da corrida logo na primeira curva após um strike feito por Romain Grosjean que tirou da corrida também Perez e Hamilton, além de estragar a vida de Kobayashi que largava em segundo.

Alonso agora só poderia torcer contra Mark Webber e Sebastian Vettel, mas a sorte não estava com ele na Bélgica. O alemão que tem feito uma temporada abaixo das duas últimas gosta de aproveitar os vacilos dos adversários e chegou em segundo diminuindo a diferença para 24 pontos do líder espanhol.

A confortável margem de erro do espanhol foi para o espaço, já que a Ferrari e o próprio assumem que seu carro não é o mais veloz e não está nem perto disso. Outro erro – ou falta de sorte – pode ser fatal para o tricampeonato de Alonso.

Menos mal que o melhor carro no momento seja a McLaren de Hamilton e Button que estão a 44 e 63 pontos de distância, respectivamente. Parece muito, mas ainda faltam oito provas para o final do campeonato e tudo pode acontecer.

Kimi Raikkonen conquistou o seu quarto pódio nas últimas cinco corridas e já igualou o espanhol em número de pódios na temporada, seis. Apesar de não vencer ainda no ano, o finlandês tem mostrado uma regularidade impressionante e está em quarto com 33 pontos a menos que Alonso. Parece ser uma ameaça maior que Webber que tem um ponto a mais. Vale ressaltar a grande ultrapassagem dele sobre Schumacher na subida da Eau Rouge.

Monza, aparentemente, será território inglês no próximo fim de semana. As McLaren costumam se dar bem em pistas de alta e parecem ter voltado com tudo das “férias” de agosto. Correndo na Itália, a Ferrari costuma ir bem e Alonso idem. Será que a sorte voltará para Fernandinho?

Ps. Grosjean foi suspenso por uma prova pela FIA. Quem será seu substituto na Lotus em Monza?